Conforme observa Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a angiogênese, processo responsável pela formação de novos vasos sanguíneos, é fundamental para a saúde do endométrio e para o sucesso da gestação. Durante o ciclo menstrual, o endométrio passa por mudanças dinâmicas que dependem de adequada vascularização. Quando esse processo é comprometido, a receptividade endometrial diminui, dificultando a implantação embrionária e, consequentemente, a conquista da gravidez.
O funcionamento eficiente da angiogênese garante aporte adequado de oxigênio e nutrientes para o tecido endometrial. Essa irrigação é determinante não apenas para a preparação do útero, mas também para a sustentação inicial do embrião. Assim, compreender a relação entre vascularização endometrial e fertilidade permite identificar causas ocultas de falhas reprodutivas e desenvolver estratégias terapêuticas mais eficazes.
A importância da angiogênese no ciclo reprodutivo
Tosyn Lopes explica que a angiogênese está diretamente ligada ao equilíbrio hormonal. Estrogênio e progesterona regulam o crescimento dos vasos sanguíneos, enquanto fatores como o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) estimulam a formação de novas ramificações. Alterações nesse processo podem resultar em endométrio insuficientemente vascularizado, reduzindo a chance de implantação mesmo em tratamentos com embriões saudáveis.

Nota-se também que a angiogênese deficiente está associada a condições como endometriose, miomas e falhas recorrentes de implantação. Nesses casos, a qualidade da rede vascular endometrial torna-se um fator limitante para o sucesso da gestação, exigindo diagnóstico cuidadoso e intervenções direcionadas.
Alterações na angiogênese e infertilidade feminina
O comprometimento da formação de vasos sanguíneos pode ocorrer por fatores genéticos, hormonais ou ambientais. A inflamação crônica, por exemplo, afeta a expressão de moléculas pró-angiogênicas e prejudica a remodelação vascular do endométrio. Oluwatosin Tolulope Ajidahun ressalta que esse cenário cria um ambiente desfavorável para o embrião, que necessita de suprimento sanguíneo estável nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Outro ponto relevante é que falhas na angiogênese podem estar relacionadas ao envelhecimento reprodutivo. Mulheres com baixa reserva ovariana ou em idade mais avançada tendem a apresentar menor capacidade de regeneração endometrial, o que impacta diretamente a qualidade da vascularização uterina. Da mesma forma, síndromes como a de Asherman, caracterizada por aderências uterinas, reduzem drasticamente o fluxo sanguíneo local.
Estratégias de diagnóstico e tratamento
Tosyn Lopes comenta que avaliar a angiogênese endometrial ainda é um desafio clínico, mas avanços em exames de imagem e em análises moleculares têm ampliado as possibilidades de investigação. A ultrassonografia com doppler, por exemplo, permite observar a perfusão sanguínea do útero, enquanto estudos laboratoriais analisam a expressão de fatores de crescimento angiogênicos.
No campo terapêutico, estratégias que visam melhorar a circulação uterina, como uso de medicamentos vasodilatadores, suplementação de antioxidantes e ajustes hormonais, podem favorecer a angiogênese. Além disso, pesquisas recentes exploram o uso de células-tronco endometriais como alternativa promissora para restaurar a vascularização em casos mais complexos. Há ainda estudos em andamento sobre terapias personalizadas, que combinam fatores de crescimento com tecnologias de medicina regenerativa.
A relevância do acompanhamento especializado
Para Oluwatosin Tolulope Ajidahun, compreender o papel da angiogênese no endométrio é fundamental para otimizar os resultados da reprodução assistida. O acompanhamento especializado permite identificar pacientes em risco e propor condutas individualizadas que ampliem a receptividade uterina.
Além do suporte médico, orientações sobre estilo de vida também podem contribuir para a saúde vascular. Dietas ricas em antioxidantes naturais, prática de atividade física moderada e controle de fatores de risco metabólicos são medidas que favorecem a angiogênese e podem auxiliar no preparo do endométrio para a implantação. Dessa forma, a medicina reprodutiva avança na direção de oferecer não apenas maiores taxas de sucesso, mas também mais segurança às mulheres que enfrentam o desafio da infertilidade.
Autor: Dana Fowler
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

